segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Oscar 2013: O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook, 2012)



Sinopse: Por conta de algumas atitudes erradas que deixaram as pessoas de seu trabalho assustadas, Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper) perdeu quase tudo na vida: sua casa, o emprego e o casamento. Depois de passar um tempo internado em um sanatório, ele acaba saindo de lá para voltar a morar com os pais. Decidido a reconstruir sua vida, ele acredita ser possível passar por cima de todos os problemas do passado recente e até reconquistar a ex-esposa. Embora seu temperamento ainda inspire cuidados, um casal amigo o convida para jantar e nesta noite ele conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma mulher também problemática que poderá provocar mudanças significativas em seus planos futuros. (Fonte: Adoro Cinema)


Eu não vou me lembrar direito onde li, e nem se a expressão era exatamente essa. Mas o filme "O Lado Bom da Vida" é como uma "ode aos desajustados". E não poderia concordar mais.

Inspirado no livro homônimo, a trama acompanha as desventuras de Pat, que acaba de sair de uma internação no sanatório, disposto a fazer de tudo para conseguir a sua vida de volta, sempre guiado pelo mote "Excelsior" ("sempre para cima"). Mesmo com todos os seus distúrbios mentais e as complicações da convivência em família, Pat ainda assim acredita que tudo vai melhorar. E isso é explicitado de modo interessante ao mostrar as constantes corridas que o personagem faz ao longo do filme, como se perseguindo esse seu objetivo ideal.

Mas então entra Tiffany em sua vida. A garota, cunhada de seu amigo, também passa pelo seu momento negro, viúva precoce e tentando levar a vida do jeito que consegue. E que também não é lá dos melhores. Tiffany literalmente atravessa a vida de Pat e muda todos os seus conceitos.

O filme pode ter pecado em alguns aspectos, uma ou outra coisa clichêzuda (principalmente no final), mas uma coisa é inegável: a interação entre os personagens é fantástica, principalmente nos diálogos entre Pat e Tiffany, sendo que ela é dotada de uma sinceridade agressiva de impressionar, contrastando com o pensamento positivo (chegando a ser infantil) de Pat. As interpretações são fantásticas, e cabe aqui destacar, também, o papel de Robert De Niro interpretando o pai de Pat, o qual também tem os seus distúrbios e manias, mas que acaba criando uma identificação única entre pai e filho.

E você acaba se apegando tanto aos personagens, que é difícil desgostar do filme. E Pat, querido, eu também já senti vontade de jogar Hemingway pela janela.

Super recomendado, e já quero ler o livro. Como sempre, né.

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