sábado, 16 de fevereiro de 2013

TAG 12 livros: Ladrão de Almas, Alma Katsu




Sinopse: No turno da noite de um hospital no estado do Maine, o Dr. Luke Findley espera ter outra noite tranquila com lesões causadas pelo frio extremo e ocasionais brigas domésticas. Mas, no momento em que Lanore McIlvrae — Lanny — entra no pronto-socorro, muda a vida dele para sempre. Uma mulher com passado e segredos misteriosos. Lanny não é como as outras pessoas que Luke conheceu. E Luke fica, inexplicavelmente, atraído por ela... Mesmo sendo suspeita de assassinato; e conforme Lanny conta sua história, uma história de amor e uma traição consumada que ultrapassam tempo e mortalidade, Luke se vê totalmente seduzido. Seu relato apaixonado começa na virada do século 19 na mesma cidadezinha de St. Andrew, quando ainda era um templo puritano. Consumida, quando criança, pelo amor que sentia pelo filho do fundador da cidade, Jonathan, Lanny fará qualquer coisa para ficar com ele para sempre. Mas o preço que ela tem de pagar é alto — um laço imortal que a prende a um terrível destino por toda a eternidade. E agora, dois séculos depois, a chave para sua cura e salvação depende totalmente de seu passado. De um lado um romance histórico, de outro uma narrativa sobrenatural, Ladrão de Almas é uma história inesquecível sobre o poder do amor incondicional, não apenas para elevá-lo e sustentá-lo, mas também para cegar e destruir. E revela como cada um de nós é responsável por encontrar o próprio caminho para a redenção. (Fonte: Skoob)


Ladrão de Almas foi um livro que me surpreendeu. Não fazia a menor ideia do seu enredo, como seria o seu desenvolvimento. Nada.

No começo achei a narrativa um pouco lenta, não conseguia entender o propósito da Lanny narrar todo o seu envolvimento com o Jonathan, mas dá para se compreender que tudo é um modo de evidenciar o seu amor obsessivo pelo rapaz e as suas consequências conforme o desenvolvimento da leitura. A autora conseguiu fazer uma descrição interessante do modo de vida puritano, contrastando violentamente com os sentimentos de Lanny e as suas posteriores experiências.

A narrativa ganha um tom mais empolgante quando Lanny sai da sua cidadezinha e vai para Boston, onde conhece um grupo de pessoas com um modo de vida para lá de peculiar. Ao ser apresentada a esses personagens, a vida de Lanny muda drasticamente, sendo envolvida em uma trama de paixões perigosas e violência.

Já estava esperando o momento em que seres notívagos e bebedores de sangue surgiriam, mas oh glória! NÃO É mais uma história de vampiros. Ao menos não do modo como estamos acostumados. O tema da imortalidade é tratado de um modo misterioso, inquietante. Ao conhecer Adair, Lanny aprende que a imortalidade é uma prisão, que ela esta fadada a ser um objeto de Adair, sem vontade própria, só para servir aos (piores) caprichos dele. Ao menos para mim, o fator mais determinante para me prender a atenção na leitura foi a presença desse personagem, que consegue deixar um sentimento de desconforto, sem se saber o que esperar.

No final das contas, o livro conseguiu me deixar curiosa. Principalmente por causa de Adair, do que aconteceu (e acontecerá) com ele. Porque, é claro, o livro vai ter continuação e eu, como leitora, fiquei com aquela expectativa ansiosa que se tem, em filmes de terror, quando um personagem suspeito passa muito tempo fora de cena.

No geral, é uma leitura boa. Não é um ótimo livro, não consegui me sentir apegada à protagonista, ou ao menos sentir alguma identificação com ela. Mas também não é uma leitura ruim, já que conseguiu prender a minha atenção por uns bons dias. 

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